Vale a pena pagar o INSS?
Vale a pena pagar o INSS
- Sou autônomo. Vale a pena pagar o INSS?
- Autônomos devem pagar o INSS
- Como o autônomo deve recolher ao INSS?
- Passo a passo - como o autônomo pode recolher o INSS?
- Sou MEI, posso aumentar o valor da contribuição?
- Dica do Especialista
- Qual valor recolher?
- Conclusão - vale a pena pagar o INSS?
- FAQ
- Leitura Úteis
Vale a pena pagar o INSS
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma instituição fundamental para a proteção social dos trabalhadores brasileiros.
No entanto, muitos profissionais liberais ainda se perguntam se vale a pena realizar o recolhimento mensal para o INSS, especialmente considerando a possibilidade de investir esse dinheiro em aplicações financeiras que podem vir a render dividendos.
Neste artigo, vamos explorar as vantagens do INSS para profissionais liberais, destacando a importância desse pagamento para a segurança financeira a longo prazo.
Precisa de ajuda com o recolhimento da sua contribuição para o INSS? Nossos especialistas estão prontos para ajudar você neste processo.
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Como qualquer pessoa que exerce atividade remunerada, é uma obrigação do profissional liberal contribuir para o INSS.
A diferença é que, ao contrário dos empregados com carteira assinada, o profissional liberal é totalmente responsável pelo seu recolhimento.
Infelizmente, muitos profissionais como médicos e dentistas acabam negligenciando essa obrigação, acreditando que a ausência de contribuições trará uma economia imediata.
Além da importância dos benefícios oferecidos pelo INSS, você deve estar atento às obrigações fiscais.
O não recolhimento adequado do INSS pode resultar em multas pela Receita Federal, além de outros problemas legais. Portanto, os autônomos devem fazer os recolhimentos de forma correta e regular.
Vale a pena pagar o INSS
Um erro comum entre profissionais liberais é não separar uma parte dos seus ganhos para o recolhimento ao INSS, especialmente quando se opta por receber através de uma pessoa jurídica (PJ).
No auge da carreira, com o fluxo de caixa positivo, muitos acreditam que essa situação vai perdurar, negligenciando o planejamento para o futuro. No entanto, essa é a fase ideal para pensar na aposentadoria.
A realidade é que, com o passar dos anos, as despesas tendem a aumentar, especialmente com saúde e suporte familiar, enquanto a capacidade de trabalho pode diminuir.
Por isso, é essencial manter as contribuições ao INSS em dia, além de construir uma reserva de emergência para assegurar uma aposentadoria tranquila.
Vale a pena pagar o INSS
O processo de recolhimento do INSS para autônomos é relativamente simples, mas é fundamental seguir todos os passos corretamente para evitar problemas futuros com a Receita Federal ou o próprio INSS.
Abaixo, vamos explicar o processo passo a passo:
1 - Inscrição no INSS como contribuinte individual
O primeiro passo para o autônomo começar a recolher o INSS é se inscrever como contribuinte individual. Caso o profissional ainda não tenha cadastro no INSS, ele pode se inscrever através do site do Meu INSS, pelo aplicativo Meu INSS, ou ligando para o telefone 135.
Durante a inscrição, será gerado um número de NIT (Número de Identificação do Trabalhador), que será utilizado para fazer os recolhimentos.
2 - Escolha da alíquota de contribuição
O autônomo tem duas opções principais de alíquotas para recolher o INSS, que variam de acordo com o valor da contribuição e os benefícios a que terá direito:
- Alíquota de 20%: essa é a alíquota padrão para quem quer garantir a aposentadoria por tempo de contribuição. O cálculo é feito sobre o valor do rendimento mensal, respeitando o salário mínimo e o teto previdenciário. Esse valor é mais alto, mas garante o acesso a todos os benefícios oferecidos pelo INSS, incluindo a aposentadoria por tempo de contribuição.
- Alíquota de 11%: com essa alíquota, o cálculo é feito sobre o salário mínimo, independentemente da renda real do autônomo. O benefício dessa alíquota é que ela é mais acessível, mas, em contrapartida, o contribuinte só terá direito à aposentadoria por idade, além dos demais benefícios do INSS, como auxílio-doença e pensão por morte.
Além dessas, existe também a opção de contribuir com 5% do salário mínimo, destinada a microempreendedores individuais (MEI). Vamos falar sobre isso logo mais.
3 - Preenchimento da Guia da Previdência Social (GPS)
Com a alíquota escolhida, o autônomo precisa preencher a Guia da Previdência Social (GPS), que é o documento utilizado para o pagamento da contribuição. A GPS pode ser preenchida manualmente, adquirida em papelarias, ou gerada pelo site do Meu INSS. Ao preencher, é importante prestar atenção às informações, como:
- Identificação do contribuinte: coloque o NIT corretamente.
- Código de pagamento: o código varia de acordo com a categoria e a alíquota escolhida. Por exemplo, o código 1007 é usado para contribuinte individual que recolhe sobre 20% do salário de contribuição, enquanto o código 1163 é usado para quem contribui com 11%.
- Competência: indique o mês e ano a que se refere o pagamento.
- Valor do INSS: o valor que deve ser pago com base na alíquota escolhida e no salário de contribuição.
4 - Pagamento da GPS
Depois de preencher a GPS, o autônomo pode realizar o pagamento em qualquer banco ou casa lotérica autorizada até o dia 15 do mês seguinte ao da competência. É importante respeitar o prazo para evitar juros e multas.
Manter os pagamentos em dia vai garantir o acesso aos benefícios do INSS. Além disso, é recomendável que o autônomo acompanhe sua situação previdenciária pelo site ou aplicativo Meu INSS, verificando se os pagamentos foram devidamente registrados.
Isso pode evitar surpresas desagradáveis no futuro, como a ausência de registros de contribuições.
O processo de recolhimento do INSS pode parecer burocrático, mas é uma responsabilidade fundamental para que o profissional liberal esteja seguro.
Com um pouco de organização e disciplina, o autônomo pode garantir sua proteção social e evitar problemas futuros.
Além disso, é sempre válido buscar a orientação de um contador ou advogado para assegurar que tudo está sendo feito de forma correta.
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O Microempreendedor Individual (MEI) tem um regime simplificado de tributação, que inclui uma contribuição ao INSS com uma alíquota de 5% do salário mínimo, que dá direito à aposentadoria por idade, além de outros benefícios como auxílio-doença e pensão por morte.
No entanto, se o MEI desejar aumentar sua contribuição ao INSS, ele pode fazer isso de duas maneiras: contribuição complementar ou voluntária sobre valor maior.
Contribuição complementar
O MEI que deseja ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição pode optar por fazer uma contribuição complementar ao INSS.
Essa contribuição complementar é de 15% sobre o salário mínimo, além dos 5% já recolhidos.
Ou seja, ao pagar 20% do salário mínimo (5% como MEI e 15% como complemento), o MEI garante acesso a todos os benefícios previdenciários, incluindo a aposentadoria por tempo de contribuição.
Contribuição voluntária sobre valor maior
Além da contribuição complementar, o MEI pode optar por contribuir voluntariamente sobre um valor maior do que o salário mínimo.
Nesse caso, ele deve se inscrever também como contribuinte individual e recolher a diferença para alcançar a alíquota desejada sobre um valor superior ao salário mínimo.
Por exemplo, se o MEI quiser contribuir sobre um valor equivalente a dois salários mínimos, ele pode recolher os 5% obrigatórios como MEI e contribuir adicionalmente sobre a diferença.
Exemplo prático
- 5% como MEI: contribuição obrigatória sobre o salário mínimo
- 15% como complementar: para alcançar 20% sobre o salário mínimo (para aposentadoria por tempo de contribuição).
- Se o MEI deseja contribuir para um benefício maior, ele pode optar por contribuir sobre uma base salarial maior que o salário mínimo, até o limite do teto previdenciário. Isso significa que o percentual efetivo de contribuição pode ser superior a 20%, dependendo do valor sobre o qual o MEI deseja contribuir, mas o valor máximo de contribuição ao INSS é limitado pelo teto previdenciário, que é o valor máximo sobre o qual se pode calcular a contribuição. Em 2024, esse valor é de aproximadamente R$ 8.300,00. Contribuir acima desse valor não aumenta o benefício, pois o INSS só considera contribuições até o teto.
Conclusão sobre o Pagamento Adicional pelo MEI
Embora a contribuição de 5% do salário mínimo já garanta ao MEI acesso a benefícios previdenciários, aqueles que desejam melhorar suas condições de aposentadoria ou garantir outros tipos de benefícios podem sim pagar a mais.
Essa opção é especialmente relevante para aqueles que estão pensando a longo prazo e querem uma maior segurança financeira na aposentadoria.
O principal objetivo do INSS é proporcionar uma renda vitalícia após a aposentadoria, garantindo um mínimo de segurança financeira.
Além disso, o INSS oferece uma série de benefícios que vão além da aposentadoria, como auxílio-doença e pensão por morte, que podem ser essenciais em momentos de necessidade.
Atenção aos Benefícios do INSS
O INSS oferece benefícios que muitas vezes passam despercebidos pelos profissionais liberais.
Por exemplo, em caso de doença ou acidente que o impeça de trabalhar, o auxílio-doença pode ser um importante suporte financeiro até a recuperação.
Outro ponto é a pensão por morte. Em vez de deixar seus dependentes enfrentando um longo e custoso processo de inventário para acessar recursos como uma poupança, o INSS garante um processo mais ágil e seguro para o recebimento do benefício.
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Um aspecto que merece atenção é o valor a ser recolhido. Idealmente, a contribuição deve ser proporcional à sua renda, pois a aposentadoria será calculada com base na média dos salários ao longo de toda a vida laboral, e não apenas nos últimos anos de contribuição.
Portanto, contribuir com valores adequados ao longo da carreira pode fazer uma diferença significativa na renda de aposentadoria.
Vale a pena pagar o INSS
A resposta é sim.
Pagar o INSS vale a pena, não apenas pelos benefícios diretos de aposentadoria, mas também pela segurança e suporte oferecidos em situações adversas.
Mesmo que o valor da aposentadoria pelo INSS não seja suficiente para cobrir todas as despesas, ele pode ser um complemento importante, além de proporcionar segurança para você e sua família.
Portanto, não negligencie essa obrigação e planeje seu futuro com responsabilidade.
Depende dos seus objetivos. Pagar o INSS garante acesso a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, e pensão por morte, além do salário vitalício, enquanto investir pode proporcionar maior retorno financeiro, mas sem as mesmas proteções sociais.
Recomendamos uma combinação das duas estratégias para garantir segurança e diversificação em seus proventos.
Para obter o benefício, é necessário apresentar um laudo médico oficial emitido por um serviço médico da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
A isenção não se aplica a rendimentos de outras naturezas, como aluguéis ou atividades autônomas.
O pagamento do INSS garante acesso para além de um salário.
Você terá acesso a uma série de benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte e outros.
Além disso, é uma forma de proteção social, oferecendo uma segurança financeira em situações de incapacidade laboral ou na velhice.
Sendo devidamente comprovada a limitação, a isenção será concedida.
Não há uma idade certa, mas quanto mais cedo começar a contribuir, mais tempo você terá para alcançar o tempo mínimo de contribuição exigido para a aposentadoria e maiores serão os benefícios.
Idealmente, começar a contribuir assim que se ingressa no mercado de trabalho é recomendado. Como a média para os mais jovens sobre toda a vida laborativa, comece depositando o máximo que puder o quanto antes.
É importante que o MEI mantenha uma boa organização financeira para separar as receitas pessoais das receitas da empresa.
Ambos têm suas vantagens: O INSS oferece benefícios sociais importantes e é obrigatório para trabalhadores formais. Já a previdência privada permite maior controle sobre o investimento e pode complementar a aposentadoria do INSS.
O ideal é analisar a sua situação financeira e objetivos de longo prazo para decidir o que é melhor para você ou mesmo optar pelos dois.
No caso da previdência privada, antes de contratar, leia todos os detalhes do contrato e pesquise todas as opções.
Contribuir ao INSS como autônomo ou MEI garante que você terá acesso aos mesmos benefícios previdenciários de quem trabalha formalmente.
Isso é especialmente importante para garantir sua aposentadoria e proteção em caso de incapacidade de trabalho.
Opte por aumentar sua alíquota de contribuição para aumentar o seu rendimento ao se aposentar.